Oficialmente há varias épocas no ano, com propósitos caracteristicos:
Natal para saudar os amigos e comer as rabanadas,
Carnaval para a folia, a Pascoa para o Folar, mas passa a época e volta a rotina.
Curiosamente em relação ao Carnaval, isso não acontece nos últimos anos e temos vivido um carnaval contínuo.
São as máscaras verdadeiras de fantasia que aderiram profundamente à pele e alma de cada um de nos.
É um festejo contínuo de samba de palavras, na centralização do umbigo e no empalar dos olhos.
Todo o mundo vê os fantoches nus, mas estamos no Carnaval, as marchas e a música inebria os ouvidos e viva a alegria enquanto dura.
O lixo acumula-se nas ruas e nas gentes e o fedor transforma-se em aroma normal.
Só a Terra continua no seu ciclo tradicional, o que perturba as novas adaptações,
porque o inverno com frio e chuva é uma massada que obriga a maior contração e depressão,
mas com a Primavera e o Sol quentinho, volta o regabofe.
Os restaurantes cheios o parque automóvel a brilhar e circular.
Gasolina cara? Não há dinheiro e há crise? Onde?
Só no 3º mundo, mas isso é muito longe e só se vê na TV e de vez em quando.
Dizem que depois do carnaval e dos três dias longos o corpo dói e apetece dormir.
Que bom, a dormir a gente não sente e a folia continua.
Assim vou vestir a minha fantasia que no meu sonho será a minha Realidade.
Um mundo com carnaval de tempo limitado, pessoas solidárias, tolerância, compreensão, honestidade, respeito entre os homens e onde a palavra dita tem honra.
Sem tempo e no meu cavalo branco, terei todo o tempo do mundo para a encontrar.
Como cavaleiro andante, estarei só.
Será que encontrarei um Sancho Pansa bondoso que me acompanhe?
Em fantasia tudo é possível.
E uma formiguinha não desiste e anuncia um formigueiro.
Palavras leva-as o vento, mas como folhas leves voam...voam, caem em qualquer lugar,
fazem sombra num bocadinho de relva verde e vêm-se.
Estas caíram no vosso relvado...sorriram?
Já valeu a pena.
Com elas vão o meu sorriso e o meu abraço.
Gozem o carnaval, mas soltem folhas de vontade de mudanças e principalmente de não aceitarem fantoches nus.
Uma a uma cobriremos o relvado, e quem sabe,
se consiga um grande manto para mudar a paisagem e renovar Portugal.
Mas o Carnaval está para durar.
Até breve. MG
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