Falar verdade

Li a história de um anuncio, escrito à mão que dizia: Quando ao fim de muito tempo respondi a todas as perguntas, mudaram as respostas...
Era para pensar e fiquei a pensar...
Muitas perguntas vou respondendo, mas vão mudando as perguntas que faço a mim própria, e o
mundo em que vivo leva-me a um acelerado de mais perguntas sem resposta...
No entanto verifico que muitas das minhas perguntas são formuladas por outras gentes.
Aonde vamos cair com o declive e os patins que temos sob pés?
Assisti hoje a uma lição de sapiencia sobre o estado do pais e algumas formulas de mudança a uma hora imprevisivel de eu assistir a programas de TV.
A serenidade, experiencia e exito pessoal, eram os creditos do entrevistado.
Mas para além disso, a visão clara e sincera preocupação do estado do pais, e as perguntas que deixou no ar, que todos sabem, mas poucos dizem, emocionou-me.
Parabens Sr Alexandre Sousa Soares.
À pergunta se não estava estava interessado em dedicar-se à politica. Respondeu continuar a ter uma paixão que é a sua empresa.
Uma boa resposta, para quem ama a verdade e não quer mentir.
Mas o tempo empurra quem não é indiferente ao país, e, um dia destes todos temos de arregaçar as mangas e os capazes, sérios, experientes e empreendores têm obrigação de arrumar a casa e pôr fim ao descalabro.
Não é a primeira nem será a última vez que ouço as verdades e a preocupação de pessoas que clamam por socorro, no entanto a declinação está cada dia mais inclinada.
Há uma grande parte da população que trabalha e não tem horas para ouvir.
Uma grande parte não trabalha e enquanto o subsidio bater não quer ouvir.
Outra parte não está habituada a ser bem informada e nas mesas redondas meio esquinadas muda de canal...
Mas há sempre um ponto de mudança, ou quando se bate no fundo ou os patins quebram e se partem as costelas.
Quando o carro trava às quatro rodas, pode derrapar, fazer alguns estrago, mas acaba por parar.
Quando bate no fundo, fica desfeito e não tem conserto.
Basta!
Os jovens talentosos, os trabalhadores esforçados, os investidores prováveis emigram, mas ainda temos gente muito capaz, cá dentro, que agoniza por calar, que pode mudar o percurso actual.
Claro que é necessário fazer mudanças radicais: Sistema vigente, circulos eleitorais, varrer os parasitas em lugares chave de decisão e criar uma nova moral pública, entre muitas.
Enquanto isto não mudar, A Assembleia da Republica onde democráticamente se fazem ou mudam leis continurá enferma dos mesmos vicios e não haverá mudança possivel.
Mas tem de mudar!
Cada dia que passa é dia perdido, e os que estão nos poleiros apenas lhes interessa aguentar.
O ruido é insurdecedor e o sismo prestes a emergir...
Espero sinceramente que a derrocada não atinja o caos.
Já foram os aneis só falta iniciar o corte dos dedos, que sangram, doem e ficam as mãos incapazes de trabalhar!
Basta por hoje.

Um abraço triste da formiguinha.
MG