sexta-feira, 3 de abril de 2009

Papel para relembrar

Papel para relembrar

Por muito que não queira aceitar algumas evidências, não épossivel esconder os olhos e a realidade por baixo duma peneira.
Mesmo com buraquinhos pequenos a luz entra e destorcida ou verdadeira, aí fica a rir-se da gente.
A memória é curta, talvez porque a capacidade mental embora incomensurável não aguenta toda a informação programada ou por defesa de sobrevivência.
Seja como for, tenho por hábito tomar notas por onde passo ou pensamentos que me ocorrem.
O defeito é o local onde escrevo...qualquer papel que esteja à mão...assim se vão perdendo pelo caminho.
Mas quando aparecem fora de prazo, tem um sabor diferente de quando foi escrito, relembra um pouco as emoções transcritas e muitas vezes faz parar no tempo que se viveu,
Se as emoções foram agradáveis, revive-se uns bons momentos.
Se o acontecimento foi triste, a distância e o tempo ajudou, a sentir menos intenso e tem o seu efeito curativo.
Esta é uma prática que indico e vale a pena experimentar.
A surpresa da reacção que se faz sentir após algum tempo mais ou menos longo do momento em que foi escrito, surpreende qualquer um e posso garantir que deve ser experimentado.
Vou dar mais uma dica.
Quando se sentir triste ou naqueles momentos em que se tem a sensação que o mundo virou de cabeça para baixo e nem sabe bem o que quer...
Pegue numa folha de papel, faça um traço vertical a meio e vá anotando de um lado e do outro do traço. o que quero ou gosto, e do outro lado do traço o que não gosto ou não quero.
Sem pensar muito, escreva o que for saindo..espontâneamente e enquanto sai...
Se parou, não importa quanto e como escreveu.
Dobre o papel e meta-o num livro e guarde.
Deixe passar algum tempo, pelo menos mais de uma semana. Se o lembrar antes do tempo retome o exercicio noutro papel, mas não leia o primeiro.
15 dias depois pode ler os dois...alguma coisa pode ser comum, mas terá a surpresa de como mudaram as suas perspectivas em tão pouco tempo.
É a altura de se conhecer um pouco melhor e principalmente reconhecer que as emoções são dominadoras, perturbadoras, não ajudam a definir o caminho ou a atitude mais sábia em momentos de dificuldade.

Confie na sua coragem para aprender a esperar, ás vezes vale a pena, a menos que a urgência da decisão ponha em risco a sua saúde ou defesa.
Aí peça a ajuda do seu anjo da guarda e vá em frente.

Comecei num ponto e acabei noutro, mas tem sua relação...
O escrever ao correr da "pena"tem destas coisas mas pelo meio ficou um conselho útil.
Que vos faça bom proveito.
Um abraço da formiguinha
Mg

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