Tempo de Espera

Neste tempo de espera que não acaba
Fico impávida perante o mundo correndo fora.
Se não fossem os relógios dando horas
O silencio por companhia, já nada me incomoda.
Indiferente, espero que o dia acabe, a noite chegue
E apague a réstea de consciencia que perdura
E fêz sentir a inutilidade desta imensa espera.
Espera de quê?
Da mudança de valores e consciências?
Do barulho infernal das noticias repetitivas e dispersas
De tanto zurzir na mesma tecla perderam crédito?
Que o sol a medo que desperta, aqueça as almas
E as faça olhar o mundo sem reservas?
Que os homens bons ganhem coragem e avancem
Dando o exemplo e a palavra certa?
Também eu estou parada pela tormenta
Não gosto, não aceito e nada faço
E espero que outros vençam o que detesto.
Um dia na esperança do D. Sebastião
O mundo inteiro vai mudar e dar esperança...
Aos resistentes que ainda encobertos cancem
Arregacem as mangas e sem varapaus, mas pela acção
Ditem leis justas, humanistas e sensatas
Levem o povo de machado na mão
A criar a nova terra, separar o trigo do joio
E cavar a vala para enterrar os que deviam lá estar e não estão..
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Neste tempo de espera que não acaba
No silencio amigo, por companhia
Escuto o vento, abro a janela e fico à espera
Dos sons de esperança e euforia, que vão chegar
Mexer as almas e as crianças, que todos temos dentro de nós
E só precisam duma fagulha para atear
A convivencia, a tolerância, a harmonia e alegria.
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Um abraço da formiguinha
MG